Base de produção ainda será criada e consiste em uma cozinha onde serão
montados três fogões, com panelas de 120 litros para produção de cerca
de 90 litros cada por braçagem (cozimento da cerveja, que leva oito
horas). Após esse processo, produto fica pronto em três semanas.
Plurais, como foi batizada a bebida, custa R$ 8 a garrafa de 600 ml.
Favela 247 – Desenvolvida pela loja de produtos
naturais Roça Rio, a cerveja artesanal Plurais é produzida no conjunto
de favelas da Maré. A iniciativa é do Fórum Popular de Apoio Mútuo, e o
mestre cervejeiro André Nader está ensinando a técnica aos grupos de
autogestão integrantes do Encontro de Economias Comunitárias, que
sugeriram a criação de um núcleo de produção de cerveja em favelas. A
base de produção ainda será criada e, de acordo com a colaboradora da
Roça Rio Geandra Nobre, consiste em uma cozinha onde serão montados três
fogões. Cada panela no tamanho de 120 litros poderá produzir em torno
de 90 litros por braçagem (cozimento da cerveja, que leva oito horas). A
cerveja fica pronta em três semanas. De acordo com matéria do jornal Maré de Notícias,
uma garrafa de 600 ml custa R$ 8, enquanto uma cerveja puro malte, de
300 ml sai, em média, por R$ 16. Além de moradores da Maré, participam
ainda pessoas das favelas da Babilônia, Acari, Alemão e morro dos
Macacos. A Roça fica na rua dos Caetés, 82, Morro do Timbau e abre às
segundas, quintas e sextas a partir das 16h.
Já temos cerveja da Maré
A cerveja artesanal se chama Plurais. O nome foi escolhido durante um
sarau após uma acirrada votação, no Morro do Timbau, em evento
realizado pela Roça Rio, loja de produtos naturais que desenvolveu a
cerveja.
A ideia surgiu do Encontro de Economias Comunitárias, onde vários
grupos que trabalham em autogestão sugeriram a criação de um núcleo de
produção de cerveja em favelas. A iniciativa é do Fórum Popular de Apoio
Mútuo, e o mestre cervejeiro André Nader está ensinando a técnica aos
grupos. Além da Maré, participam pessoas das favelas da Babilônia,
Acari, Alemão e Morro dos Macacos.
Geandra Nobre, colaboradora da Roça Rio, explica que a base de
produção, que ainda será criada, consiste em uma cozinha onde serão
montados três fogões. Cada panela no tamanho de 120 litros poderá
produzir em torno de 90 litros por braçagem (cozimento da cerveja, que
leva oito horas). A cerveja fica pronta em três semanas, mas é consumida
em minutos. Geandra ressalta que a produção na Maré só é possível
porque um amigo emprestou o equipamento.
Para a professora Gilda Moreira, moradora de Santa Teresa, a cerveja
está aprovada. “Nessa vida louca que a gente vive, os alimentos estão
cheios de agrotóxicos, transgênicos e conservantes e ter uma cerveja
livre dessas coisas é uma iniciativa maravilhosa”, comemora ela, que
esteve na Roça na noite de lançamento (27/09).
Já a professora Elaine Alves, moradora do Cajueiro, conta que esteve
na Alemanha há pouco tempo e que as cervejas de lá são muito gostosas.
“A cerveja produzida na Maré não deixa nada a desejar”, afirma.
Geandra compara a cerveja industrial a uma feijoada enlatada, sem
gosto. “A cerveja, embora alcoólica, é um alimento que pode ser
produzido em casa. Acabamos de fazer uma no estilo weizen, uma cerveja
de trigo que leva casca de laranja. Estamos aprendendo, mas sempre
experimentando novos sabores. Certamente teremos novidades”.
Comércio justo
Eduardo Tomazine, também colaborador da Roça, diz que todos ganham a
mesma coisa com o lucro da venda da cerveja. Segundo ele, a preocupação é
vender a um preço acessível para a população local consumir e não
apenas para o gringo que vem provar. Uma garrafa de 600ml na Roça custa
R$ 8. Em outros lugares, uma cerveja puro malte, de 300ml sai, em média,
por R$ 16.
“No comércio justo, outras relações estão sendo feitas, tanto entre
quem produz, que não tem patrão e ninguém ganha mais do que ninguém,
quanto para quem consome, porque consome junto com a cerveja os valores
da autogestão e da igualdade. Sem contar que fazemos um controle de
qualidade rigoroso, provamos todas as cervejas que fazemos. Além disso,
uma característica da cerveja artesanal é que cada braçagem é uma
cerveja. Nenhuma vai ter o gosto da outra”, explica ele.
A Roça fica na rua dos Caetés, nº 82, Morro do Timbau Aberta às segundas, quintas e sextas a partir das 16h.
fonte: https://www.brasil247.com