terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Maré desenvolve cerveja de fabricação artesanal




Base de produção ainda será criada e consiste em uma cozinha onde serão montados três fogões, com panelas de 120 litros para produção de cerca de 90 litros cada por braçagem (cozimento da cerveja, que leva oito horas). Após esse processo, produto fica pronto em três semanas. Plurais, como foi batizada a bebida, custa R$ 8 a garrafa de 600 ml.

Favela 247 – Desenvolvida pela loja de produtos naturais Roça Rio, a cerveja artesanal Plurais é produzida no conjunto de favelas da Maré. A iniciativa é do Fórum Popular de Apoio Mútuo, e o mestre cervejeiro André Nader está ensinando a técnica aos grupos de autogestão integrantes do Encontro de Economias Comunitárias, que sugeriram a criação de um núcleo de produção de cerveja em favelas. A base de produção ainda será criada e, de acordo com a colaboradora da Roça Rio Geandra Nobre, consiste em uma cozinha onde serão montados três fogões. Cada panela no tamanho de 120 litros poderá produzir em torno de 90 litros por braçagem (cozimento da cerveja, que leva oito horas). A cerveja fica pronta em três semanas. De acordo com matéria do jornal Maré de Notícias, uma garrafa de 600 ml custa R$ 8, enquanto uma cerveja puro malte, de 300 ml sai, em média, por R$ 16. Além de moradores da Maré, participam ainda pessoas das favelas da Babilônia, Acari, Alemão e morro dos Macacos. A Roça fica na rua dos Caetés, 82, Morro do Timbau e abre às segundas, quintas e sextas a partir das 16h.

 

Já temos cerveja da Maré
A cerveja artesanal se chama Plurais. O nome foi escolhido durante um sarau após uma acirrada votação, no Morro do Timbau, em evento realizado pela Roça Rio, loja de produtos naturais que desenvolveu a cerveja.
A ideia surgiu do Encontro de Economias Comunitárias, onde vários grupos que trabalham em autogestão sugeriram a criação de um núcleo de produção de cerveja em favelas. A iniciativa é do Fórum Popular de Apoio Mútuo, e o mestre cervejeiro André Nader está ensinando a técnica aos grupos. Além da Maré, participam pessoas das favelas da Babilônia, Acari, Alemão e Morro dos Macacos.
Geandra Nobre, colaboradora da Roça Rio, explica que a base de produção, que ainda será criada, consiste em uma cozinha onde serão montados três fogões. Cada panela no tamanho de 120 litros poderá produzir em torno de 90 litros por braçagem (cozimento da cerveja, que leva oito horas). A cerveja fica pronta em três semanas, mas é consumida em minutos. Geandra ressalta que a produção na Maré só é possível porque um amigo emprestou o equipamento.
Para a professora Gilda Moreira, moradora de Santa Teresa, a cerveja está aprovada. “Nessa vida louca que a gente vive, os alimentos estão cheios de agrotóxicos, transgênicos e conservantes e ter uma cerveja livre dessas coisas é uma iniciativa maravilhosa”, comemora ela, que esteve na Roça na noite de lançamento (27/09).
Já a professora Elaine Alves, moradora do Cajueiro, conta que esteve na Alemanha há pouco tempo e que as cervejas de lá são muito gostosas. “A cerveja produzida na Maré não deixa nada a desejar”, afirma.
Geandra compara a cerveja industrial a uma feijoada enlatada, sem gosto. “A cerveja, embora alcoólica, é um alimento que pode ser produzido em casa. Acabamos de fazer uma no estilo weizen, uma cerveja de trigo que leva casca de laranja. Estamos aprendendo, mas sempre experimentando novos sabores. Certamente teremos novidades”.

Comércio justo
Eduardo Tomazine, também colaborador da Roça, diz que todos ganham a mesma coisa com o lucro da venda da cerveja. Segundo ele, a preocupação é vender a um preço acessível para a população local consumir e não apenas para o gringo que vem provar. Uma garrafa de 600ml na Roça custa R$ 8. Em outros lugares, uma cerveja puro malte, de 300ml sai, em média, por R$ 16.
“No comércio justo, outras relações estão sendo feitas, tanto entre quem produz, que não tem patrão e ninguém ganha mais do que ninguém, quanto para quem consome, porque consome junto com a cerveja os valores da autogestão e da igualdade. Sem contar que fazemos um controle de qualidade rigoroso, provamos todas as cervejas que fazemos. Além disso, uma característica da cerveja artesanal é que cada braçagem é uma cerveja. Nenhuma vai ter o gosto da outra”, explica ele.
A Roça fica na rua dos Caetés, nº 82, Morro do Timbau Aberta às segundas, quintas e sextas a partir das 16h.


fonte: https://www.brasil247.com 


 

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